O Japão adotou hoje uma lei que cria um organismo público para
pagar dezenas de milhares de milhões de euros em indemnizações
às vítimas do acidente nuclear de Fukushima.
O acidente, ocorrido a 11 de março na central de Fukushima Daiichi, na sequência
de um sismo e tsunami devastadores, obrigou mais de 80.000 pessoas a abandonarem
todas as zonas num raio de 20 quilómetros e outras sujeitas a fortes radiações.
A agricultura, a pesca e a atividade turística também sofreram consequências
desastrosas e podem reclamar indemnizações.
A lei aprovada hoje no Senado, já votada pelos deputados, prevê que o fundo de
indemnizações às vítimas será alimentado pelo Estado, pela empresa operadora da
central, TEPCO, e outras companhias produtoras de eletricidade de origem nuclear.
O governo japonês e a TEPCO foram criticados pela lentidão na distribuição de ajudas e compensações às pessoas deslocadas, agricultores e comerciantes que perderam tudo
no acidente.
Em comunicado, a TEPCO anunciou o pagamento sem tardar das justas compensações,
de acordo com a lei e com a ajuda do governo.
Na central, centenas de técnicos e operários trabalham há quase cinco meses para
arrefecer o combustível e controlar a mais grave catástrofe nuclear desde
Chernobil, há 25 anos.
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